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Boa parte do lixo produzido no Brasil termina em lugares inadequados. É o que revela uma pesquisa divulgada, com exclusividade, pela coluna Sustentável.

 

Na última década, 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Essa nova classe média passou a consumir mais, e quem consome mais gera mais lixo.

 

Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou 9,65%. No mesmo período, o volume de lixo cresceu mais do que o dobro disso, 21%. É mais consumo, gerando mais lixo, que nem sempre vai para o lugar certo.

 

Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais),  apenas no ano passado, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. Isso seria suficiente para encher 168 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.

 

O Nordeste é a região que tem o maior volume de resíduos descartados em lugares impróprios.

No lixão de Itabuna, no sul da Bahia, por exemplo, diariamente, toneladas de lixo são despejadas sem nenhum tratamento.

 

Em dez anos, de 2003 a 2012, a geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg. Foi o que aconteceu na casa de Jeferson e Denise, no subúrbio do Rio de Janeiro. O aumento da renda mudou também o lixo.  

 

Para José Gustavo Feres, economista do IPEA, é um retrato do que acontece em todo o país. “As pessoas com mais renda consomem mais eletroeletrônicos, consomem mais embalagens plásticas, e este tipo de resíduo tem impacto ambiental maior até do que os resíduos orgânicos”, afirma.

 

O coordenador da pesquisa da Abrelpe diz que o desafio é grande. “Nós tivemos um aumento na geração e não tivemos o correspondente na destinação, ou seja, o país evoluiu economicamente, mas não evoluiu ambientalmente”, diz Silva.

Fonte: 

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/05/volume-de-lixo-cresce-em-proporcao-maior-que-populacao-brasileira.html